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Zero de Conduta

Zero de Conduta

25
Ago08

Um partido afónico

Pedro Sales

Na sexta-feira o PSD pediu a demissão do ministro da Administração Interna, justificando o pedido com o aumento da criminalidade e com a ausência de esclarecimentos do governo. No sábado, num artigo de opinião sobre o "alarmante aumento da criminalidade" e o  "inaceitável silêncio" do primeiro-ministro sobre o assunto, em nenhum momento Manuela Ferreira Leite solicita a demissão de Rui Pereira. Está visto, o "novo" PSD fala pouco. Para o país...e uns com os outros.

24
Jun08

O PSD é um partido estranho

Pedro Sales

A United Airlines anunciou o despedimento de 950 pilotos, dizendo que tem que reduzir a frota devido ao aumento dos combustíveis. A TAP pondera suspender várias ligações aéreas pelos mesmos motivos. Perante o aumento dos combustíveis, que tudo indica ter vindo para ficar, quais são os investimentos públicos em novas infra-estruturas que preocupam o PSD? O aeroporto? As auto-estradas? Nada disso. A ligação ferroviária à rede europeia de alta velocidade. Pois...

18
Jun08

Ajuste de contas

Pedro Sales

Em vez de assumir a responsabilidade pelo estado miserável em que deixou a gestão camarária da capital, o PSD insiste em usar uma maioria resultante de uma eleição sem qualquer tipo de legitimidade política para ajustar contas com o passado. Só assim se compreende que o PSD tenha feito a Assembleia Municipal de Lisboa aprovar uma moção de censura ao vereador Sá Fernandes...por causa de uma decisão do vereador Marcos Perestrello. A iniciativa, que não tem qualquer resultado prático, torna-se ainda mais caricata quando se percebe que a moção é unipessoal e não é extensível ao executivo, como manda a lei.

Mas o melhor estava guardado para o fim. Um dos motivos para a moção de censura é a presença de uma placa, alusiva ao financiador das obras de requalificação de um parque infantil, transformada pelo PSD na tentativa de “privatizar o Jardim da Estrela, entregando-o à conhecida cadeia de hipermercados Continente, mais uma vez prejudicando todos os seus utilizadores em benefício de um poderoso grupo económico”. Bem pode Ferreira Leite ganhar as directas que quiser no PSD. O seu partido provou ontem que continua agarrado a uma imagem providencial de Santana Lopes, cuja gestão ainda defende, e não hesita em usar uma maioria fraudulenta para ajustar as contas com um passado em que Sá Fernandes lhes estragou os negócios para a privatização de um espaço público que agora parecem ser os mais acérrimos defensores. Olha quem...

11
Jun08

Começou

Pedro Sales

Os "barões" do PSD já criticam abertamente a liderança de Ferreira Leite. Nunca se pensou foi que fosse Pacheco Pereira a abrir as hostilidades, mas tudo o que o prolixo colunista escreve sobre a crise do transportes, e a inacção de “toda a gente”, assenta que nem uma luva a Ferreira Leite, líder do maior partido da oposição e que parece encontrar-se há mais de uma semana em parte incerta a assistir impavidamente à crise dos combustíveis.

09
Jun08

Casino Portugal

Pedro Sales
02
Jun08

Manuela Ferreira Leite

Pedro Sales

Manuela Ferreira Leite decidiu não dizer nada durante as directas do PSD. Conduzindo a campanha mais pessoalizada de que há memória, o resultado da estratégia está longe de ser o mais animador. Apesar do significativo crescimento do universo eleitoral, Ferreira Leite apenas conseguiu mais mil votos do que Marques Mendes contra Menezes. As duas candidaturas que disputaram os destroços da cessante liderança bicéfala, conseguiram mais de 60% dos votos. Mas Ferreira Leite não deverá encontrar grandes problemas internos. Cheira a eleições e todos querem ter o seu lugar nas listas que se avizinham.


Os problemas são outros. O que é que Ferreira Leite tem para oferecer que a distinga de um Sócrates que pode reclamar ter conseguido cumprir aquilo a que Ferreira Leite se propôs: pôr as contas públicas em ordem? Acreditar, como circula por alguma blogosfera, que Ferreira Leite vai guinar o PSD para a esquerda e disputar o descontentamento do eleitorado de centro-esquerda é esquecer que o único trunfo que lhe permitiu 37% no PSD, a sua imagem de marca como “dama de ferro”, é um poderoso handicap fora do campo político mais seguro da direita.


Depois o principal. Quem perde um debate com Patinha Antão tem um problema sério para resolver. Mesmo sem dizer quase nada, as entrevistas e declarações políticas de Ferreira Leite foram uma desgraça. Não vai ter essa benesse nas legislativas. Vai ter que explicar ao que vem e como se propõe fazê-lo. E aí, a julgar pelas titubeantes explicações sobre o fim da universalidade no SNS e as prestações nuns debates muito reverentes, a tarefa está longe de garantir os serviços mínimos. Ferreira Leite é a líder escolhida para pôr ordem na casa e perder com dignidade. No estado em que está o PSD já não é pouco. Mas convém não pedir mais que é para não ficar desiludido.

12
Mai08

“Todo um programa”

Pedro Sales

Pacheco Pereira entende que os grandes planos da cara de Manuela Ferreira Leite, na entrevista de Judite de Sousa, rrepresentam “todo um programa” sobre a parcialidade jornalística. O objectivo? Mostrar “uma mulher velha e cansada, com rugas, com o tempo na cara”. Só que, como se pode ver numa breve busca no Youtube, escapou a Pacheco Pereira a verdadeira dimensão da perfídia do realizador da RTP para perceber que o mesmo já tinha sido feito a Simone de Oliveira ou a Marinho Pinto - só para dar dois exemplos. O programa, que está longe de ser perfeito, anuncia na sua página que "os rostos da notícia estão na “Grande Entrevista" da RTP." O artigo de Pacheco Pereira é todo um programa, sim, mas sobre a forma enviesada como o próprio encara a imprensa e gere a sua intervenção pública e política. Quando não se vitimiza a si próprio, pela perseguição que a esquerda lhe faz pelo seu alinhamento com a guerra no Iraque ou pelos “falsos blogues pornográficos” que teimam em aparecer para retirar o Abrupto da liderança dos blogues nacionais, está a tentar a mesma táctica com aqueles que defende. Só um problema. A fragilidade da candidatura de Manuela Ferreira Leite é a candidata. Pela sua desastrada passagem pelo Governo e pela absoluta falta de tacto político, como se pode ver pelo autêntico disparate que têm sido as escassas oportunidades em que diz qualquer coisa.


PS: Já que se fala na Grande Entrevista, de Judite de Sousa, talvez valha a pena lembrar que cinco dos últimos sete entrevistados são do PSD. Os outros não são políticos. Como esta semana deverá caber a sorte a Pedro Passos Coelho, de há dois meses a esta parte que o principal programa de entrevistas da estação pública está tornado numa espécie de “Povo Livre” televisivo.

23
Abr08

Humor viral

Pedro Sales

Circula uma piada na televisão e em alguma blogosfera. Com Menezes fora do PSD, e reposta a normalidade nas hostes laranja, este partido está em condições vencer as próximas eleições legislativas com Manuela Ferreira Leite. O que é estranho é que muito boa gente parece acreditar na laracha, não se apercebendo que Manuela Ferreira Leite não tem nada para dizer que a diferencie de José Sócrates. Pior. Quando diverge do primeiro-ministro é para defender mais austeridade e ainda maiores sacrifícios. Não costuma ser uma grande plataforma eleitoral, reconheça-se, mas é certo que a maioria dos colunistas associará este programa a um saudável combate ao populismo e rigor nas contas públicas. Nas mãos de Ferreira Leite, contudo, costuma apenas ser incompetência. Aumento de impostos, défice a caminho dos 6% e 150 mil desempregados, foi este o legado do “rigor” da senhora Leite. Agora, quer regressar a um passado que já todos conhecem. Por mim, estou como o João Pedro Henriques, e sempre acho que isto arrisca-se a ser pedagógico, expondo o extraordinário bluff político que a senhora representa. Isso e fazer o PP desaparecer para baixo do táxi.

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