um santo domingo
depois de Pinto da Costa, Carolina e Vojtyla, quis o Senhor juntar Cavaco, Maria e Grrratzinger.
Aproveitamos a santa ocasião para dar vivas pela raça lusa, abençoada pelos Céus, pobrezinha mas asseadinha.
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depois de Pinto da Costa, Carolina e Vojtyla, quis o Senhor juntar Cavaco, Maria e Grrratzinger.
Aproveitamos a santa ocasião para dar vivas pela raça lusa, abençoada pelos Céus, pobrezinha mas asseadinha.
Milhares de portugueses acordaram hoje decididos. O preço dos combustíveis não pára de subir e o dia de hoje é tão bom como outro qualquer para se marcar uma posição. Levantaram-se, tomaram o pequeno-almoço e entraram no carro decididos a buzinar até chegar ao trabalho. Ao seu lado, quem ia nos transportes públicos deve ter achado tudo aquilo um bocado estranho. A mim também.
Vinte anos depois da adesão à União Europeia, e mesmo contando com as centenas de milhões de euros em apoios comunitários, Portugal continua a ser o país mais desigual da Europa e aquele onde a pobreza mais se faz sentir. Como nos indica o estudo de Bruto da Costa, hoje destacado pelo Público, a pobreza é persistente e afecta principalmente as crianças, os velhos e o interior do país. Pior. Como salienta o estudo, “a sociedade portuguesa não está preparada para apoiar as medidas necessárias para um verdadeiro combate à pobreza”, tendendo a encará-la como o resultado do “enfraquecimento da responsabilidade individual” e da “preguiça” dos pobres.
Uma posição que encontra lugar na blogosfera liberal e na maioria das colunas de opinião da nossa imprensa. Lestos a exigir a demissão do Estado de todas as suas funções que não se limitem à estrita soberania do país, ignoram olimpicamente o país ilustrado na reportagem do Público, onde as pessoas que vivem nos bairros sociais deixam de saber o que é carne a meio do mês, só têm medicamentos quando alguém lhos oferece e não compram roupa e lavam-na à mão porque não há dinheiro para a energia.
É esse o país esquecido que vive dos apoios sociais que o Estado subsidia com o dinheiro dos impostos. São os pobres que vivem do Rendimento Social de Inserção, permanentemente diabolizado pelo mesmo Paulo Portas que passa os dias a falar da “tirania fiscal”. A mesma direita que, revelando maior preocupação com o “combate a fraude dos pobres do que com o combate à pobreza”, se esquece de referir que a carga fiscal nacional é inferior à média europeia.
Parece bem defender a redução do papel do Estado, mas bem mais complicado é explicar o que é que isso significa num país pobre e desigual como o nosso. Os pobres já pagam, percentualmente, muito menos impostos. Uma redução significativa da carga fiscal não traria grande impacto nas suas condições de vida. Pelo contrário, a redução do Estado, deixaria as suas marcas. Sem os apoios garantidos pela redistribuição social do dinheiro dos impostos, os mais pobres não teriam acesso à educação, saúde e aos complementos sociais que lhes permitem ir subsistindo no meio de várias provações.
De resto, até já são conhecidos os resultados deste programa liberal. Ao contrário do que defendiam os seus apoiantes, os gigantescos cortes de impostos para as classes mais ricas, aprovados por Bush, não só não geraram o desenvolvimento económico defendido como fizeram aumentar as desigualdades sociais e hipotecaram as contas públicas. O liberalismo não é só um disparate económico. Num país como o nosso é uma violência social.
Carlos Gil, o peregrino.org, vai a Fátima por si e "em seu nome, acendo o nº de velas prometido no Santuário". Salvação assegurada por 2500 euros. (via mais cedo ou mais tarde).
e mais Ban via Deus.
Caciques locais, claques, testas de ferro, bandoleiros e consulados honorários. Figuras do associativismo desportibo, do poder local democrático, das SADs e do Natal dos Hospitais. Histórias de ascenção no aparelho PSD, nas revistas cor de rosa, do rock, do euro 2004, da pop, do apito dourado e da TV. Sou só eu a pensar que está por escrever uma boa biografia do clã Loureiro?
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