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Zero de Conduta

Zero de Conduta

19
Jun08

Vai uma aposta?

Pedro Sales

Um relatório do Senado dos EUA considerou que as torturas deixaram sequelas físicas e psicológicas nos ex-prisioneiros de Guantanamo. Antonio Taguba, o general que liderou a investigação a Abu Ghraib, considera que é hoje evidente que a "administração Bush cometeu crimes de guerra". "A única dúvida que permanece é a de saber se serão julgados aqueles que autorizaram as práticas de tortura".

28
Mai08

O segredo mais mal guardado do mundo

Pedro Sales
27
Abr08

retratos da crise (1)

Vasco Carvalho

Come to think of it, I'm thrilled to be
anywhere with high ratings these days.


Bush, com a popularidade muito por baixo, aparece no Deal or No Deal  para desejar sorte a um soldado condecorado - voluntário, purple heart, três comissões no Iraque, ultimate american - que arrisca tudo por um jackpot milionário que pague a casa dos pais (lindo). O episódio foi um flop, 27% abaixo da audiência média do programa.
04
Fev08

Perseguição política é isto

Pedro Sales
O jornalista do New York Times que revelou o programa ilegal de escutas, autorizado por George Bush, foi intimado para revelar as fontes a que recorreu para escrever um capítulo do seu livro sobre o programa nuclear iraniano. Se não o fizer, será preso. Não é a primeira vez que um jornalista do Times é detido por se recusar a revelar as fontes de notícias que embaraçaram a administração Bush. Embora o caso não seja o mesmo, não há como negar que este processo é mais uma tentativa de perseguição política sobre a imprensa que ainda investiga o que se passa nos pouco recomendáveis bastidores da dupla Bush-Cheney.
22
Jan08

Anyone but Bush

Pedro Sales
(Dados até 2006. Informação mais detalhada no Wall Street Journal)
A verdade é que para demasiada gente, não importa quem vai entrar na Casa Branca. O que importa é quem vai sair: Bush. (...)Tal como aconteceu com Bill Clinton em 2000, não há neste momento quem não tenha queixas contra Bush.

A tese de Rui Ramos é simples. Todas as eleições nos EUA são um plebiscito ao presidente cessante. O que está a acontecer com Bush este ano não tem nada a ver com a natureza das suas políticas, mas sim com a forma como a política norte-americana está estruturada. É sempre assim, e já o mesmo tinha acontecido anteriormente com Clinton. Nada mais falso. Como se pode ver no gráfico acima, que agrega as taxas de popularidade de todos os presidentes norte-americanos desde o pós-guerra, Clinton foi o único que abandonou o cargo com uma taxa de aprovação superior à do dia que tomou posse. Desde que a Gallup faz estes estudos, aliás, ninguém abandonou o cargo com um popularidade tão elevada. Mas Rui Ramos recorre a outra analogia para defender Bush. Só podemos analisar o seu legado daqui a umas décadas, pois o que agora se diz de Bush já antes se dizia de Reagan, a quem foram precisos 20 anos para "toda a gente reconhecer virtudes a um outro “cowboy estúpido”, cuja presidência aliás também terminou de rastos". Não sei, novamente, onde é que Rui Ramos foi arranjar estes dados, mas está outra vez errado. Reagan acabou a sua presidência com índices de popularidade próximos dos 60%, sendo mesmo o presidente republicano mais popular das últimas seis décadas, enquanto Bush anda pelos vinte e pouco por cento (abaixo de Nixon quando este foi destituído).

Compreende-se o embaraço dos guerreiros de sofá que apoiaram Bush na mentira do Iraque, e em sucessivos abusos em nome da "guerra ao terror", com a rejeição popular sem precedentes de que goza o "seu" homem. De resto, a forma como Rui Ramos recorre à mistificação mais absurda - ignorando ou "esquecendo" todos os dados conhecidos - é bem reveladora da forma como, contra todas as evidências, continuam agarrados à defesa acrítica do homem que um dia aterrou nas Lajes para abraçar Durão e envolver meio mundo numa mentira sem nome.
04
Dez07

Dejà vu

Pedro Sales
Dois dias depois de ser conhecido um relatório das 16 agências de informação dos EUA indicando que o Irão não tem capacidade para desenvolver uma arma nuclear e que suspendeu, desde 2003, o programa para a obter, George Bush apareceu em público para reafirmar que o Irão permanece uma ameaça. Este relatório, que foi mantido secreto durante mais de um ano por pressão da sua administração, não impediu Bush e a sua equipa de ter passado os últimos meses a acusar o Irão de pretender desencadear a III Guerra Mundial. Compreende-se. Se a mentira funcionou no Iraque, porque razão não havia de funcionar com o Irão? No fundo, Bush é como Pacheco Pereira. Também é da “escola” que se recusa a dar o “braço a torcer”. É a guerra, é a guerra.
24
Out07

Um relatório inconveniente

Pedro Sales
O João Miranda tem razão numa coisa. Existe um preocupante sinal de "politização da academia e do desrespeito pelas regras tradicionais de debate". Não tem é nada a ver com o caso Watson. Está na capa de hoje do Washington Post. O relatório sobre a consequência para a saúde humana do aquecimento global, elaborado pela agência federal dos EUA responsável pela prevenção e estudo das novas doenças, foi "editado de forma significativa" pela Casa Branca. Resultado, um estudo original de 14 páginas foi amputado da maioria do seu contéudo, tendo sido entregue aos congressistas e imprensa um documento com 6 páginas.

Testimony that the director of the Centers for Disease Control and Prevention planned to give yesterday to a Senate committee about the impact of climate change on health was significantly edited by the White House, according to two sources familiar with the documents. Specific scientific references to potential health risks were removed after Julie L. Gerberding submitted a draft of her prepared remarks to the White House Office of Management and Budget for review. Instead, Gerberding’s prepared testimony before the Senate Environment and Public Works Committee included few details on what effects climate change could have on the spread of disease. A CDC official familiar with both versions told the AP that Gerberding’s draft “was eviscerated.”

O politicamente incorrecto a censurar a ciência, quem diria, meu caro Watson. E o pior é que este está longe de ser o primeiro caso.

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ZERO DE CONDUTA

Filipe Calvão

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