David Byrne, Playing the Building
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David Byrne, Playing the Building
(Cavaco Silva, fotografia de Paulete Matos)
Quando o país se encontrava bloqueado pelas empresas de camionagem, o Presidente da República preferiu “sublinhar a raça, o dia da raça”. Agora, que a paralisação dos camionistas já é uma memória, Cavaco Silva congratulou-se com o regresso da “ordem pública” e da “legalidade”, declarando-se “satisfeito pelos portugueses poderem novamente viver o seu dia-a-dia com alguma tranquilidade". O “dia da raça” já é passado, claro, até porque Cavaco esclareceu logo que não faz “comentários sobre política interna” no estrangeiro.
Depreende-se, porque acedeu a falar sobre o assunto em Saragoça, que Cavaco Silva considera que a “ordem pública” e a “legalidade” não é matéria de política interna. E que um assunto crucial como a tranquilidade do “dia-a-dia” dos portugueses só o preocupa quando tudo se encontra resolvido. As últimas declarações do Presidente da República aproximam-no cada vez mais das anedotas futebolísticas: prognósticos só no fim do desafio.
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