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Abr08
Os custos escondidos dos combustíveis "verdes"
Pedro Sales
O conselho científico da Agência Europeia para o Ambiente defendeu hoje que a União Europeia suspenda a meta dos dez por cento dos biocombustíveis utilizados nos transportes, até 2020, considerando que “o solo arável necessário para a União Europeia conseguir cumprir a meta dos dez por cento excede a área disponível” e conduzirá à “destruição acelerada das florestas tropicais”. Uma boa notícia, sendo agora necessário avisar o governo português para parar de “torrar” dinheiro a financiar este logro ambiental que é um dos principais responsáveis pela hiperinflação dos produtos alimentares.
Faz agora duas semanas que, numa iniciativa que passou quase despercebida, o governo isentou sete empresas do pagamento de mais de 280 milhões de euros em ISP, para a produção de 1032 milhões de biodiesel entre 2008 e 2010. Se repararmos que o concurso para a produção de gasolina “verde” ainda não teve lugar - e que o governo subsidia este combustível em 400 euros por cada mil litros, contra os 280 do biodiesel -, talvez dê para perceber a dimensão dos custos envolvidos no financiamento desta insensatez.
Faz agora duas semanas que, numa iniciativa que passou quase despercebida, o governo isentou sete empresas do pagamento de mais de 280 milhões de euros em ISP, para a produção de 1032 milhões de biodiesel entre 2008 e 2010. Se repararmos que o concurso para a produção de gasolina “verde” ainda não teve lugar - e que o governo subsidia este combustível em 400 euros por cada mil litros, contra os 280 do biodiesel -, talvez dê para perceber a dimensão dos custos envolvidos no financiamento desta insensatez.

