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Out07
Parem as máquinas. O Nobel da Paz é um prémio político
Pedro Sales
O João Miranda não se cansa de criticar o prémio Nobel da Paz atribuído a Al Gore e ao IPCC. Não tem credibilidade científica e é politicamente motivado, diz. Ora, por muitas voltas que se dê, não há forma de negar que o Nobel da Paz é um prémio político. O João Miranda não concorda é com a política seguida este ano, o que, sendo perfeitamente legítimo, não tem o carácter conspirativo que nos quer vender.
Não está sozinho. Nos EUA, a direita republicana também não pára de lamentar a natureza política da distinção concedida a Al Gore. A Fox News e o New York Sun propuseram mesmo um nome alternativo, esse sim digno de vencer um prémio que entendem que deve ser apolítico. O general Petraeus, o responsável pelas tropas americanas no Iraque. Estão a ver a coisa, não é?
Quanto à credibilidade científica do prémio, também não há grande novidade. Toda a gente tem dúvidas, mas há umas que, pela forma como são colocadas, mais parecem certezas. Também aqui o João Miranda não está sozinho. Veja-se este anúncio, que foi transmitido o ano passado nas televisões americanas, a criticar o silenciamento comunicacional dos estudos científicos que negam a origem humana do aquecimento global e o degelo das calotes polares. Até agora, a única nega que originou foi a dos autores dos estudos pretensamente escondidos. Mas, claro, aqui não deve haver motivação política nenhuma, nem mesmo quando se descobre que os promotores desta campanha são financiados pela Ford, Phillhip Morris, ou a petrolífera Texaco. O nome do anúncio é todo um programa.:“Carbon dioxide. They call it pollution. We call it life.’”
Não está sozinho. Nos EUA, a direita republicana também não pára de lamentar a natureza política da distinção concedida a Al Gore. A Fox News e o New York Sun propuseram mesmo um nome alternativo, esse sim digno de vencer um prémio que entendem que deve ser apolítico. O general Petraeus, o responsável pelas tropas americanas no Iraque. Estão a ver a coisa, não é?
Quanto à credibilidade científica do prémio, também não há grande novidade. Toda a gente tem dúvidas, mas há umas que, pela forma como são colocadas, mais parecem certezas. Também aqui o João Miranda não está sozinho. Veja-se este anúncio, que foi transmitido o ano passado nas televisões americanas, a criticar o silenciamento comunicacional dos estudos científicos que negam a origem humana do aquecimento global e o degelo das calotes polares. Até agora, a única nega que originou foi a dos autores dos estudos pretensamente escondidos. Mas, claro, aqui não deve haver motivação política nenhuma, nem mesmo quando se descobre que os promotores desta campanha são financiados pela Ford, Phillhip Morris, ou a petrolífera Texaco. O nome do anúncio é todo um programa.:“Carbon dioxide. They call it pollution. We call it life.’”