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Out07
Pode ser que a cegonha apareça com um molho de notas
Pedro Sales
A “Plataforma Não Obrigada” não apresentou as contas de campanha, uma ilegalidade que lhe dará direito a uma contra-ordenação da Comissão Nacional de Eleições entre os 5 mil e os 10 mil euros. Para quem não se recorda, a plataforma de Nogueira Pinto e Bagão Félix encheu as ruas do país com outdoors e as caixas de correio com propaganda, numa campanha milionária a apelar ao voto “não” no referendo ao aborto.
Já em Janeiro tinham recusado apresentar a origem das receitas e a discriminação das contas, dizendo que tudo seria divulgado “de forma transparente” e “no prazo legal”. Agora, depois de continuarem sem dar cavaco a ninguém sobre a origem do dinheiro e dos montantes envolvidos, dizem ao Público de hoje que não cumpriram a lei por “carolice” e que gastaram um “pouco mais” do que os 400 mil euros previstos. Um “pouco mais”, estilo 1 milhão de euros ou coisa assim, que os “carolas” tiveram uma agência de comunicação a coordenar a campanha, encomendaram dispendiosas e esquizofrénicas sondagens e alugaram o Coliseu dos Recreios. Dizem que continuam a angariar dinheiro e que, um dia, apresentarão as contas. Nunca engaram ninguém, diga-se, pois sempre disseram que faziam uma campanha "de valores". Anónimos, está visto.
PS: Sobre o mesmo assunto: Um estilo, por Daniel Oliveira, no Arrastão.
Já em Janeiro tinham recusado apresentar a origem das receitas e a discriminação das contas, dizendo que tudo seria divulgado “de forma transparente” e “no prazo legal”. Agora, depois de continuarem sem dar cavaco a ninguém sobre a origem do dinheiro e dos montantes envolvidos, dizem ao Público de hoje que não cumpriram a lei por “carolice” e que gastaram um “pouco mais” do que os 400 mil euros previstos. Um “pouco mais”, estilo 1 milhão de euros ou coisa assim, que os “carolas” tiveram uma agência de comunicação a coordenar a campanha, encomendaram dispendiosas e esquizofrénicas sondagens e alugaram o Coliseu dos Recreios. Dizem que continuam a angariar dinheiro e que, um dia, apresentarão as contas. Nunca engaram ninguém, diga-se, pois sempre disseram que faziam uma campanha "de valores". Anónimos, está visto.
PS: Sobre o mesmo assunto: Um estilo, por Daniel Oliveira, no Arrastão.