O Governo iraquiano vai expulsar do país os mercenários da Blackwater, retirando a licença à maior empresa de "segurança privada" a actuar no país. Estas empresas desempenham, desde o início, uma parte fulcral na ocupação militar do país, calculando-se que existam 30 a 50 mil mercenários a soldo das autoridades norte-americanas. De acordo com o partido democrata, quase metade do dinheiro gasto pelos EUA no esforço militar no Iraque vai para estas empresas, apesar de ninguém saber quais são as suas operações, métodos ou objectivos.
Apesar do segredo ser a alma do negócio, os constantes abusos chamaram a atenção internacional perante estes mercenários que não respondem perante os tribunais nem cumprem qualquer tipo de convenção internacional. O New York Times chama mesmo a atenção para que, de acordo com a lei em vigor, o governo iraquiano não tem capacidade para julgar os crimes cometidos por estes mercenários no seu país.
Ficam aqui dois vídeos sobre o modus operandi destas empresas. O primeiro, que originou uma investigação das autoridades dos EUA, revela a forma muito peculiar como estes senhores se divertem nos tempos livres. O segundo é uma reportagem da Nation sobre a Blackwater.
Ontem, George Bush agradeceu o apoio português nas intervenções militares no Iraque e Afeganistão.
ninguém sabe ao certo quantos são. Mas tens razão, seguranças privados (contando com outras empresas) serão 30,000 (NYT de hoje). A trabalhar para a ocupação, sem funções de segurança, aí a conta sobe para mais de 100,000.
tens razão. "Vai expulsar" é que é correcto. Vou alterar. Mas são só mil, pois a revogação da licença aplica-se apenas à Blackwater, se bem que as notícias mais recentes indiquem que o governo vai rever as condições em que as outas empresas estão a operar.