E o teu pai, já todos os putos da escola sabiam, tinha para aí uns 3 metros
Paulo Rangel, diz o Expresso, "lembra-se que quando passou da infantil para a primária esteve 15 dias sem dormir - era o peso da responsabilidade".
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Paulo Rangel, diz o Expresso, "lembra-se que quando passou da infantil para a primária esteve 15 dias sem dormir - era o peso da responsabilidade".
dn.sapo.pt, página principal,
Que o DN era uma anedota na internet já os seus leitores sabiam. A navegação no site, os conteúdos, o motor de busca e a demente página inicial são web 0.1. Aliás, através da Wayback, podemos ver a página do DN em Junho de 1998:
Mais ou menos a mesma pobreza de hoje, mesmo assim mais navegável. A evolução do DN em mais de uma dezena de anos na net já mostra, portanto, claras tendências suicidas. Isto já vem, é claro, de muito longe: a tortura do grafismo e a sua evolução duvidosa são tópicos recorrentes na edição em papel.
Hoje chegámos à balda total. Desde as 7 da manhã até agora, 22h17, a página inicial do dn.sapo.pt tem o Bastonário dos Advogados em landscape e ninguém diz nada. Está tudo a ver a bola, o pessoal do DN não deve ter acesso à net e o Sapo, obviamente, não está interessado em manter um nível mínimo de qualidade. Azar, fica assim.
É hara-kiri na net, digo eu.
“Segundo a notícia, apenas Espanha, Grécia, Hungria, Chipre e Bélgica declararam firme oposição à directiva, no sentido de que não venha a ser aprovada pelo PE. Perante o silêncio do governo, fica a ideia de que uma boa dose de europeísmo crítico só faria bem ao PS.” André Freire, Público, 23/6/2008
Depois de ter recebido um email do assessor de imprensa do Ministério do Trabalho, no qual este garante que “Portugal se posicionou contra esta proposta de directiva (exactamente a mesma posição adoptada pelo Governo, espanhol)”, André Freire corrige, no Ladrões de Bicicletas, o sentido do seu artigo. Um único problema. Ao contrário do mail do prestável assessor, que segue o governo e joga com as palavras para esconder a ambiguidade da posição do Ministério do Trabalho, Portugal não votou contra e não seguiu a posição do Governo Espanhol.
O título do comunicado do Conselho de Ministros é sugestivo: “Portugal não votou favoravelmente directiva da UE sobre tempo de trabalho”. Alguém acredita que, se tivesse votado desfavoravelmente, como assegura o assessor do MST, era este o título do comunicado e não, como é normal, um mais enfático “Portugal votou contra directiva da UE sobre tempo de trabalho”? Portugal não votou favoravelmente, é verdade, mas isso é bem diferente de dizer que se “posicionou contra“. Pior, ao contrário da Espanha, Grécia, Hungria, Chipre e Bélgica, que tornaram pública a sua oposição, e garantiram que tudo iriam tentar para que a directiva fosse alterada em favor dos trabalhadores no Parlamento Europeu, o governo do PS permaneceu silencioso e nunca desfez a ambiguidade da sua não posição.
Diz André Freire, cuja honestidade é de saudar, que foi induzido em erro pela notícia do Público, de onde tirou a informação e pelo facto desta nunca ter sido desmentida. É verdade, a notícia nunca foi desmentida, e por uma razão que o prestável assessor muito bem sabe: o Governo não pode desmentir as suas próprias afirmações e as notícias de todas as agências noticiosas internacionais.
Este post do André Freire, relatando o processo pela qual - agora sim - foi induzido em erro, é um típico exemplo de como funciona o spinning dos assessores do governo Sócrates. Jogando com a ambiguidade das palavras, preferem fazer-nos passar por estúpidos. Portugal não apoiou, mas também não se opôs. Preferiu assobiar para o lado. Baixinho e calado. A mais estúpida das posições. Para não comprometer a imagem de bom aluno…ou a carreira que tanto parece preocupar José Sócrates.
depois de Pinto da Costa, Carolina e Vojtyla, quis o Senhor juntar Cavaco, Maria e Grrratzinger.
Aproveitamos a santa ocasião para dar vivas pela raça lusa, abençoada pelos Céus, pobrezinha mas asseadinha.
Vejo agora que a mais recente contratação do Benfica dá pelo nome de Balboa. Se era para recuperar o espírito do herói de Hollywood, mais valia contratar este...
...que até tem a vantagem de saber dar uns toques na bola, como se pode ver aqui.
O Gabriel Silva chama a atenção para o pungente apelo de João Pereira Coutinho para que o governo subsidie, com um cêntimo por litro, a criação de um ‘cluster’ do biodiesel em Portugal. O desconsolo de Pereira Coutinho é elucidativo. É que o Governo já apoia a produção de biodiesel e não é com um cêntimo por litro, mas com a isenção fiscal de 28 cêntimos por cada litro. Para a produção de gasolina “verde” o negocio é ainda mais ruinoso. São 40 cêntimos por cada litro que voam dos bolsos dos contribuintes. Pelos vistos, não chega. Se, com o petróleo nos 141 dólares, o negócio não é lucrativo, parece-me que mais valia pararmos de subsidiar um modelo falido e que, pelo meio, tem ajudado a fazer disparar o preço dos bens alimentares. Como cidadãos poupávamos no supermercado, e, como contribuintes, no Orçamento de Estado.
O mais curioso nesta história é que a Junta de Freguesia da Ericeira, que não pediu apoio financeiro a ninguém para pôr a sua frota de carros a andar com óleos alimentares reciclados (este sim, um modelo ambientalmente correcto), tem um processo de penhora no valor de 7000 euros, porque o Ministério das Finanças reclama o ISP que a Junta poupou com a sua capacidade de iniciativa. Moral da história. Para se fazer negócio em Portugal nada como pedir subsídios ao Estado. Não interessa que o modelo de negocio seja uma desgraça. Isso é um pormenor irrelevante.
Nuno Rogeiro foi a Guantanamo e levou uma câmara da SIC com ele (o resultado pode ser visto aqui). Segundo este repórter acidental, “viemos ver o que é que se passa, exactamente, com os detidos da guerra contra o terrorismo”. Ver, ver, não vimos nada. Como a própria SIC confirma, todo o material foi vistoriado e censurado pelas forças armadas norte-americanas. O que vimos e ouvimos não passa de um mau remake da história da Carochinha, desta vez adaptada a um campo de concentração assepticamente transformado numa prisão como as outras. Tortura, detenção sem culpa formada durante anos e julgamentos à margem da lei? Sim, no início pode ter havido um “tratamento cruel”, mas as coisas têm melhorado. Agora até já há umas setas viradas para Meca e os presos podem jogar basquetebol e rezar em conjunto.
Tanta condescendência tinha que dar em bandalheira, nesta “prisão” onde um assessor garante que “as regras de disciplina são mais rígidas para os soldados do que para os detidos” e a psiquiatra confirma que os presos ouvem vozes. Resultado da tortura, pensamos. Nada disso. Faz parte dos hábitos da cultura, "associada à maioria dos detidos", “ouvir génios”. Desta vez, infelizmente, parece que não conseguiram escutar o bom do Rogeiro. É pena. Sempre dava para desanuviar o ambiente enquanto esperavam pela jogatana da tarde.
Para justificar o aumento das propinas, o Governo de António Guterres garantiu que estas verbas serviriam apenas para “aumentar a qualidade do ensino” e nunca seriam usadas para pagar as despesas de funcionamento das faculdades. As propinas estavam indexadas ao salário mínimo, um mecanismo que caiu pouco depois com o Governo do PSD/PP. As propinas duplicaram e andam agora pelos 900 euros/ano, um dos valores mais altos em toda Europa. Pelo meio, o número de alunos no ensino superior cresceu 46% mas o investimento público diminui 12%. As propinas foram escondendo as condições miseráveis em que se vai trabalhando nas instituições do ensino superior. Quando a manta é pequena, fica-se sempre destapado. Como agora aconteceu em Aveiro, onde a Universidade vai pagar os subsídios de férias recorrendo ao dinheiro destinado à investigação científica. Deve ser isto a que o Governo chama de choque tecnológico.
A United Airlines anunciou o despedimento de 950 pilotos, dizendo que tem que reduzir a frota devido ao aumento dos combustíveis. A TAP pondera suspender várias ligações aéreas pelos mesmos motivos. Perante o aumento dos combustíveis, que tudo indica ter vindo para ficar, quais são os investimentos públicos em novas infra-estruturas que preocupam o PSD? O aeroporto? As auto-estradas? Nada disso. A ligação ferroviária à rede europeia de alta velocidade. Pois...
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