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Zero de Conduta

Zero de Conduta

04
Set08

Perguntar não ofende

Pedro Sales

A esta hora já todos sabemos que a SIC, Expresso, Visão, Público e Renascença foram impedidos pelo Governo de José Eduardo dos Santos de entrar em Angola, onde pretendiam fazer a cobertura das eleições. Sendo certo que esta atitude é esclarecedora sobre a natureza da “democracia” angolana, o que eu gostava mesmo de saber é que órgãos de comunicação social portugueses é que foram bafejados com os tão desejados vistos.

09
Mai08

A birra

Pedro Sales

A Assembleia da República aprovou ontem dois votos de pesar pelas vítimas do ciclone na Birmânia. O primeiro, do PS, foi aprovado por unanimidade. O segundo, do Bloco de Esquerda, foi aprovado com os votos favoráveis de todas as bancadas e a abstenção do PS. Não há memoria de uma abstenção num voto de pesar pelas vítimas de uma catástrofe natural, ainda por cima quando o conteúdo dos votos é idêntico e essencialmente descritivo. Não existe nenhuma razão, que não a prepotência e a birra do líder parlamentar do PS, para o comportamento dos deputados socialistas. Como diz o primeiro-ministro, “há muito boas razões para censurar o Governo”. O sectarismo da bancada parlamentar que o suporta é uma delas.

24
Abr08

Próxima estação Guantanamo

Pedro Sales

O Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP vai receber formação dos BOPE, a força policial do Rio de Janeiro que se tornou mundialmente famosa pela brutalidade dos métodos evidenciados no filme “Tropa de Elite”. O recurso à tortura e a licença para disparar a matar - que utilizam com uma benevolente permissividade nas suas incurssões nas favelas -, já faz parte da imagem de marca desta força policial que usa uma caveira como símbolo e que se tornou uma cliente habitual dos relatórios da Amnistia Internacional.

É este o bonito cartão de visita da força policial que vai formar o principal corpo de elite da PSP. Não só não se percebem as razões técnicas que levam um corpo antiterrorista, como os GOE, a recorrer ao treino de uma força especializada no combate urbano ao narcotráfico, como é completamente inaceitável a legitimação e branqueamento que a PSP está a fazer dos métodos de um corpo policial que se comporta como um esquadrão da morte. Quem sabe ainda vemos o ministro Rui Pereira a autorizar os GOE a dar um salto a Guantanamo. Sempre podiam aprofundar a matéria dada.
09
Abr08

talkin' bombs at sunset

Vasco Carvalho

O último encontro oficial da era Bush-Putin, em Soschi na Rússia. (via Casa Branca, aqui)

Os cavalos de guerra cansados (são as palavras de Bush), acordaram, cordialmente, em discordar sobre o posicionamento de sistemas de defesa anti-míssil e o avanço a leste da NATO (aqui para NPR, aqui para ChinaView). Depois foram dançar.

O que é preocupante nisto tudo é que não consigo deixar de pensar numa estátua gigante de Alberto João Jardim,a dominar o  horizonte da imagem, perfil recortado pelos raios de sol (DN via 31 da Armada).

E é uma pena já não poder falar disso lá no tasco.
09
Jan08

Prioridades

Pedro Sales
Durão Barroso trocou o compromisso que tinha assumido com os cidadãos portugueses no dia que lhe ofereceram um lugar na União Europeia.

José Sócrates trocou o compromisso eleitoral que tinha assumido com os cidadãos portugueses, pelo compromisso que acertou com os restantes líderes europeus para não referendar o Tratado de Lisboa.
02
Jan08

E agora, ainda vão continuar a incomodar com essa mania do referendo?

Pedro Sales
Perante as dificuldades de crescimento da nossa economia, perante a angústia daqueles que não têm emprego e a subsistência de bolsas de pobreza, devemos concentrar-nos no que é essencial para o nosso futuro comum, e não trazer para o debate aquilo que divide a sociedade portuguesa.

Esta frase resume o pensamento democrático de Cavaco Silva. Depois de nos ter garantido que “duas pessoas com a mesma informação e com a mesma boa-fé chegam necessariamente às mesmas conclusões”, Cavaco Silva volta a provar a sua evidente aversão à ideia de que a democracia se fortalece com o confronto de opiniões distintas. Bem pode apelar ao reforço do diálogo e à diminuição da crispação social. É tudo instrumental. E com regras bem certinhas. As da resignação democrática.
17
Dez07

A soberania que conta

Pedro Sales
Uma grande parte da oposição ao Tratado Europeu é soberanista. Mas não é de soberania que temos abdicado. É da soberania da democracia. O conjunto das decisões políticas que não são sujeitas ao contraditório democrático e ao escrutínio e ratificação popular não pára de crescer. Da economia à agricultura, das pescas à política comercial. O parlamento europeu, que é a única instância para a qual votamos, é uma antecâmara de coisa nenhuma. Nada do que ali se decide é importante, nada do que é decisivo passa por ali. Mas não se pense que é um exclusivo da euroburocracia. O próprio Tratado, cuja ratificação referendária era um consenso nacional há pouco mais de um ano, prepara-se para entrar em vigor com o voto de pouco mais de 200 portugueses. Estarmos mais perto do centro de decisão não quer dizer, necessariamente, que façamos parte dele. Lá, como cá, o que está em causa é a democracia. Que seja decidido em Lisboa, Bruxelas ou Estocolmo é-me indiferente.

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