15
Mar08
Para quê e para quem?
Pedro Sales
Há várias décadas que a zona ribeirinha da capital é uma coutada privada do Porto de Lisboa, desprovendo a cidade de mecanismos públicos para o ordenamento e gestão desta zona nobre. É por isso difícil de compreender o veto político do Presidente da República à transferência para a autarquia da gestão da zona ribeirinha, uma das raras matérias que garantia o consenso de todas as forças partidárias.
E é ainda mais estranho porque, numa atitude inédita, o Presidente não explicita os motivos que o levaram a devolver o diploma para o Governo. O incómodo com a decisão é tão óbvio que lançou os conselheiros de Cavaco Silva num jogo de palavras de mais que questionável honestidade intelectual. Tentando negar o óbvio - a existência de um veto político -, Belém garante que se limitou a devolver o diploma. Só que, como os conselheiros do PR muito bem sabem, uma e outra coisa querem dizer o mesmo.
Fica por saber o que é que leva Cavaco Silva a pretender manter uma parte da capital nas mãos da administração do Porto de Lisboa, ainda por cima sem o explicar e sem coragem para assumir o peso político da sua decisão.
E é ainda mais estranho porque, numa atitude inédita, o Presidente não explicita os motivos que o levaram a devolver o diploma para o Governo. O incómodo com a decisão é tão óbvio que lançou os conselheiros de Cavaco Silva num jogo de palavras de mais que questionável honestidade intelectual. Tentando negar o óbvio - a existência de um veto político -, Belém garante que se limitou a devolver o diploma. Só que, como os conselheiros do PR muito bem sabem, uma e outra coisa querem dizer o mesmo.
Fica por saber o que é que leva Cavaco Silva a pretender manter uma parte da capital nas mãos da administração do Porto de Lisboa, ainda por cima sem o explicar e sem coragem para assumir o peso político da sua decisão.