27
Fev08
Governar pelo (mau) exemplo
Pedro Sales
A CP vai encerrar os 3 infantários que disponibiliza para os filhos dos seus funcionários. Diz a empresa que pretende, com esta medida, promover a “justiça social”, uma vez que as famílias das 97 crianças nestas creches são injustamente beneficiadas face aos 720 funcionários que não têm os filhos nos infantários da CP. Assim, em vez de construir mais creches, corta-se com os “privilégios” pela raiz. (a carta enviada pela CP pode ser consultada aqui).
Talvez valha a pena recordar que a CP é uma empresa pública, tutelada por um Governo que passa a vida a anunciar medidas para promover o aumento da taxa de natalidade, entre elas a construção de infantários. Foi esse, aliás, o tema escolhido por José Sócrates na sua mais recente deslocação ao Parlamento, onde anunciou 100 milhões de euros para a construção de novas creches. No Orçamento de Estado, uma das medidas mais promovidas pelo PS foi um plano de incentivos fiscais para as empresas privadas que construam infantários para os filhos dos seus funcionários. Mas isso é a propaganda. Depois, quando as câmaras das televisões se desligam, as empresas tuteladas pelo executivo enviam cartas para os seus funcionários a dizer que vão fechar as creches onde andam os seus filhos, chamando-lhes ainda a atenção para a “desigualdade” social que esses infantários representavam.
Talvez valha a pena recordar que a CP é uma empresa pública, tutelada por um Governo que passa a vida a anunciar medidas para promover o aumento da taxa de natalidade, entre elas a construção de infantários. Foi esse, aliás, o tema escolhido por José Sócrates na sua mais recente deslocação ao Parlamento, onde anunciou 100 milhões de euros para a construção de novas creches. No Orçamento de Estado, uma das medidas mais promovidas pelo PS foi um plano de incentivos fiscais para as empresas privadas que construam infantários para os filhos dos seus funcionários. Mas isso é a propaganda. Depois, quando as câmaras das televisões se desligam, as empresas tuteladas pelo executivo enviam cartas para os seus funcionários a dizer que vão fechar as creches onde andam os seus filhos, chamando-lhes ainda a atenção para a “desigualdade” social que esses infantários representavam.